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Passei a semana inteira pensando no que iria postar e só me faltava inspiração, embora eu sempre tenha uns posts "frios", guardados para casos emergenciais como este. Eis que, há alguns dias, uma luz simplesmente clareou a minha cabeça e eu tive uma ideia - a qual eu, pelo menos, considero genial - e resolvi sair pesquisando por aí, com o objetivo de postar no blog e deixar como "curiosidade" a todos os leitores.
Quem tem o mínimo contato comigo sabe que eu sou apaixonada pelos filmes e desenhos produzidos pela "Walt Disney Company", assim como sou fã do próprio Walt Disney! Admiro a maior parte das criações dos seus estúdios, desde então. Cresci assistindo desenhos como Cinderela (Cinderella), Bela Adormecida (Sleeping Beauty), Pequena Sereia (The Little Mermaid), A Bela e a Fera (Beauty and the Beast), Branca de Neve (Snow White), Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland), Mulan, Aladdin etc.

A versão produzida por Walt Disney dessas histórias, a qual marca gerações de crianças, na verdade, é criação dos Irmãos Grimm, famosos por seus contos e fábulas infantis. O que muitas pessoas não sabem é que, na verdade, essas histórias não passam de apenas adaptações criadas para "amenizar" os verdadeiros finais dos contos de fadas.
A primeira curiosidade é que essas histórias não foram escritas para crianças e sim para adultos, com o principal objetivo de alertar seus filhos para não falarem com estranhos, andarem sozinhos na floresta ou que, para todo ato, há uma consequência. Pesquisei em diversos sites os verdadeiros contos de fadas e resolvi escrevê-los em forma narrativa para que todos possam entender com facilidade. Não tenho o intuito de destruir a infância de ninguém, pelo contrário, desejo apenas ampliar o conhecimento de todos, porque apesar de macabras, a maior parte das histórias possuem finais felizes. Além disso, algumas pessoas podem até identificar-se com as mesmas, já que elas possuem uma essência que faz com que se aproximem da nossa realidade.
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BRANCA DE NEVE
O primeiro fato sobre o conto da Branca de Neve, é que ele provavelmente foi inspirado em fatos reais. Existiu uma princesa com o nome de Margarete von Waldeck e cresceu numa região onde as crianças trabalhadoras das minas eram conhecidas como "anões". Sua madrasta a odiava e, antes que Margarete pudesse casar com o Felipe II - Rei da Espanha -, morreu envenenada. A história possivelmente ganhou força na imaginação da população e foi adaptada pelos irmãos Grimm.
Como na história clássica, a Rainha espeta o dedo e três gotas de sangue caem sobre a neve da janela, a qual possuía a moldura de ébano negro. Com isso, deseja ter uma filha branca como a neve, os cabelos negros como ébano e os lábios vermelhos como sangue. Quando a menina Branca de Neve nasce, a Rainha adoece e morre alguns anos depois; consequentemente, seu pai casou-se com outra mulher, a nossa famosa Madrasta Má. A história é bem parecida com a da Disney, contudo possui um toque mais bizarro e macabro. A Madrasta era muito vaidosa, vivia olhando-se no espelho e acabou enlouquecendo com o pensamento constante de ser a mais bela do Reino. Quando o "Espelho" - há uma teoria de que o espelho seria a sua própria mente louca, fazendo com que ela pensasse que um objeto inanimado desse as respostas que ela precisasse - mostrou que Branca de Neve era a nova moça mais bela, ela contrata um caçador para que mate a menina e traga-lhe o pulmão, o coração e o fígado para que ela servisse no jantar. Um fato que é extremamente necessário ressaltar: Branca de Neve possuía apenas OITO anos de idade, por isso tamanha ingenuidade de sua parte em relação às maldades da Madrasta. O caçador, deslumbrado com a beleza e doçura da menina, manda-a fugir para longe e mata um animal silvestre, levando os órgãos deste para a Madrasta. Como ela não é idiota, percebe que aqueles órgãos não são de uma criança e mata o caçador, ficando furiosa e prometendo vingança à pobre Branca. A menina, enquanto isso, encontra a casa dos sete anões, que a acolhem. Acredito que, naquela época, sete homens com uma menina ingênua e bonita em casa provavelmente não deixariam que ela ficasse na casa sem pagar um preço. Deixo essa parte para a imaginação do leitor, porque eu não quero ser a responsável por mais traumas causados. A Madrasta disfarça-se de velha e visita a casa dos anões duas vezes; na primeira, tenta matar a menina com rendas de segurar espartilhos enfeitiçadas, mas ela é salva pelos anões. A segunda visita é quando ela entrega a tradicional maçã envenenada, consumida pela menina, que cai desacordada no chão. Todos pensam que ela está morta e a colocam num caixão de vidro, até que um príncipe alheio aparece no local e tenta beijá-la. Oh, pobre inocente! Obviamente, um beijo não adiantaria. Irritado, ele a cutuca no peito - deixo mais uma vez para a imaginação do leitor o porquê dele querer cutucá-la - e a golpeia até que a maçã - entalada em sua garganta - seja cuspida. Ela acorda milagrosamente e se casa com o príncipe. O final da história é uma incógnita, pois na versão dos irmãos Grimm, Branca de Neve torna-se Rainha e a Madrasta não aparece mais. Já outro final - o qual muitos dizem ser o original -, a Madrasta é submetida a ficar dançando no casamento deles com sapatos de metal, aquecidos num forno em brasa. Ela dança com os objetos até que caia morta no chão, enquanto todos ignoram e aproveitam a festa.
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A PEQUENA SEREIA
No conto original, a história se passa num reino subaquático, o qual possui um Rei Tritão com sua mãe e suas cinco filhas, cada uma um ano mais velha.
Quando completam quinze anos, as sereias podem subir à superfície sem que haja problema. Caçula, a pequena sereia - vamos chamá-la de Ariel, como no clássico da Disney, só para não perder o hábito, já que seu nome não é citado - é muito curiosa para saber como é a superfície. Quando faz a idade "libertadora", avista um barco, porém este naufraga com uma forte tempestade. Assustada, Ariel consegue salvar um príncipe e o leva inconsciente para a costa e o deixa ali; outra jovem acaba encontrando-o, ele acredita que ela o salvou e se apaixona perdidamente. Desejando ter uma alma eterna e o amor do príncipe, Ariel vai até a Bruxa do Mar; em algumas versões, a Bruxa, na verdade, é o demônio do mar, o qual captura almas perdidas e sem solução. A Bruxa oferece uma poção em troca de sua voz de sereia e avisa que, uma vez que Ariel se torne humana, nunca mais poderá voltar ao mar. Além disso, ao beber a poção, ela teria pernas capazes de dançar como nenhum outro humano, no entanto, sentiria constantemente como se andasse em facas afiadas e seus pés sangrariam. Ela só conseguiria uma alma se encontrasse o beijo do amor verdadeiro e o príncipe teria que amá-la também. Caso ela não conseguisse, na primeira noite do casamento do príncipe com outra mulher, Ariel morreria com o coração despedaçado e transformar-se-ia em espuma do mar - destino o qual as sereias possuíam quando morriam. A pequena sereia bebe a poção e se encontra com o príncipe, que se sente atraído pela sua beleza, ainda que fosse muda. Apaixonada, ela dança mesmo sentindo a dor terrível em seus pés. Quando o Rei ordena que o príncipe case com a princesa do reino vizinho, ele diz à Ariel que casará com a princesa, pois ela é a jovem que o salvou. Quando se casam, Ariel está com o coração partido e se desespera, desistindo de tudo. Antes do anoitecer, suas irmãs aparecem com uma faca de prata que a Bruxa do Mar lhes deu em troca dos seus cabelos. Se Ariel esfaquear o príncipe com este objeto, ela volta a ser uma sereia e o seu sofrimento acaba. A pequena sereia, porém, não tem coragem de matar o príncipe enquanto ele dorme com sua esposa e, já quase de madrugada, ela se atira ao mar. Em algumas versões, Ariel transforma-se em espuma do mar, como todas as outras sereias que morreram. Já em outras, ela torna-se um espírito, filha do ar, devido ao seu esforço e dedicação para conseguir uma alma eterna, além do seu altruísmo com o príncipe.
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RAPUNZEL
O conto original de Rapunzel não teve mudanças drásticas, apenas alguns detalhes considerados pesados foram adaptados pelos Irmãos Grimm.
Rapunzel é o nome de um vegetal e uma mulher grávida convence ao marido pegar um pouco do alimento, pois estava com um desejo de sua gravidez. Ele vai até um jardim proibido, o qual é propriedade de uma feiticeira e é pego pela mesma, sendo acusado de furto. O homem explica a situação e, em troca de sua liberdade, ela exige que ele entregue a filha que iria nascer. Por conta do ocorrido, a feiticeira dá o nome da menina de Rapunzel. A vida de ambas ia bem, até que, quando ela completa doze anos, a mulher a coloca numa torre - impossível de subir sem escada e sem saída - e o cabelo da menina nunca fora cortado, sendo conservado como uma enorme trança. Todas as manhãs, a feiticeira sobe no local com as tranças da menina, levando comida para ela desta forma. Um dia, um príncipe escuta Rapunzel cantando dentro de sua torre, mas avista a feiticeira chegando e presta atenção em como ela sobe. Quando ela vai embora, ele repete o processo e sobe na torre, iniciando assim um namoro com a menina. Depois de muitas visitas, Rapunzel engravida e não conhece nada sobre gravidez, então pergunta para sua mãe o motivo para seu ventre estar crescendo e seus vestidos ficando apertados. Sabendo que ela está grávida, corta a trança da menina, expulsa-a da torre e a coloca em um deserto, perto daquele local. Quando o príncipe chega, a feiticeira joga as tranças de Rapunzel e ele sobe. Quando ele percebe que não é sua amada ali, a feiticeira o empurra do alto e ele cai em um espinheiro, ficando cego por ter os olhos furados. Após algum tempo, o príncipe continua vagando pela redondeza, pois não consegue voltar para casa estando cego. Ele reconhece uma música cantada por Rapunzel e a encontra; como todo conto tem uma magia estranha, as lágrimas de Rapunzel curam a cegueira do príncipe e isto indica um final feliz, embora ninguém mais saiba o que ocorre com a feiticeira ou com o filho que a moça espera.
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A BELA ADORMECIDA
Na história original, a Rainha dá a luz à uma menina (conhecida mundialmente pelo nome de "Briar Rose") e, para celebrar seu batismo, o Rei convidou doze fadas para a festa - sabe-se que foram doze convidadas por serem doze pratos de ouro - quando, no total, eram treze fadas. Ou seja, como na versão da Disney, a fada mais velha e mais poderosa delas é esquecida e, querendo vingar-se por tanto descuido, interrompe a cerimônia com um furacão e joga uma profecia - e não uma maldição - na criança. Como todos sabem, quando Briar Rose completasse 16 anos, espetaria o dedo no fuso de uma roca e morreria. O Rei, irritado e apavorado, proíbe a fiação em todo reino, pois assim sua filha poderia crescer e viver em paz, certo? Errado! Quando a menina completa a idade prevista, encontra uma sala secreta e vê uma velha a fiar. Como na profecia, ela, curiosa, espeta o dedo na roca e uma farpa de madeira entra em sua unha. Claro que há certa pitada de magia na história e uma simples farpa acaba fazendo com que ela caia dura e seca no chão. Agora, se você valoriza a sua infância e fica facilmente traumatizado (a), aconselho preparar-se psicologicamente, pois agora vem a parte que fora censurada por todo o mundo por ser extremamente pesada pelo teor sexual. Adormecida - reparem que a profecia diz que ela morreria, mas ela só adormece - e esquecida por anos numa torre, um Rei a encontra. Encantado por sua beleza, já que nem os anos foram capazes de envelhecê-la, o Rei abusa sexualmente da moça. Assustado (a)? Acostume-se, pois ele volta mais algumas vezes para estuprá-la. Após nove meses, obviamente ele repara um ventre proeminente em Briar Rose e se dá conta de que a engravidou, voltando sempre para "visitá-la" - deixo  novamente para a imaginação do leitor o que ele fazia nessas visitas. Na hora do parto, a moça dá a luz a gêmeos que, morrendo de fome, se arrastam para procurar leite materno. Ainda não sei como é possível duas crianças recém-nascidas nascerem sozinhas sem cair no chão ou quebrarem a cabeça, assim como conseguem se arrastar como cobrinhas até os seios da mãe, como se soubessem o que procurar. Mas vai entender... Enfim, à procura dos seios da mãe, uma das crianças acaba chupando o dedo de Briar Rose e consegue arrancar a farpa de madeira, mas morre engasgado em "consequência". A moça acorda, sem saber sequer como deixou de ser virgem e de onde as crianças surgiram. O que era para ser um final feliz, na verdade, é apenas um desfecho trágico: o Rei manda buscar Briar Rose e a criança que sobreviveu e "esquece" de avisar que é casado. A esposa do Rei fica furiosa e tenta matar a moça e a criança - servindo-as num banquete -, mas é impedida pelo próprio Rei e queimada viva numa fogueira. Briar Rose fica livre para casar-se com o homem e todos vivem felizes para sempre - pelo menos é o que minha mente traumatizada tenta imaginar.
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Continua no próximo post... Até lá!
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Beatriz Henrichs, colunista e responsável pela revisão dos textos. Posto semanalmente, todas as terças-feiras, sempre tratando de temas comuns como bem estar, relacionamentos e variedades. Me inspiro em situações que vivencio no dia a dia, portanto faço o possível para que o leitor se identifique com as minhas ideias. Caso queira entrar em contato, mande um e-mail para beahenrichs@gmail.com! Beijinhos e boa semana a todos!